26.6.06

O Álcool Perílico (perillyl alcohol) no Tratamento de Tumores Cerebrais

Informações sobre as promissoras pesquisas com Gliomas Malignos desenvolvidas na Universidade Federal Fluminense.

O Professor Cid Buarque de Gusmão(1), um proeminente oncologista, inicia seus comentários sobre o conteúdo de um artigo publicado nos Arquivos Brasileiros de Oncologia(2) com as seguintes frases: “Nos últimos 25 anos, o tratamento dos tumores primários cerebrais apresentou poucos progressos. Apesar dos desenvolvimentos na cirurgia e radioterapia, a sobrevida dos pacientes com glioblastoma multiforme, o mais freqüente dos tumores cerebrais em adultos, permanece desapontadora.” Do outro lado do mundo, dois meses depois, pesquisadores australianos chegam praticamente às mesmas conclusões sobre a evolução do tratamento de Astrocitomas e Oligodendrogliomas (dois tipos de tumores cerebrais) nas últimas duas décadas (3).

Nos mesmos períodos citados acima, o tratamento de diversos cânceres avançou a passos largos, obtendo-se enormes vitórias, porque então o mesmo não aconteceu com os tumores cerebrais? Sou limitado para responder a esta pergunta, mas aparentemente a grande diferença se faz notar nos quimioterápicos utilizados para os gliomas malignos, eles têm um nível de eficácia muito inferior àqueles prescritos para algumas outras doenças semelhantes. O tratamento de muitas das neoplasias tumorais tipicamente envolve cirurgia, radioterapia e quimioterapia, nem sempre as três coisas. Se, como diz o Professor Cid, as técnicas cirúrgicas e radioterápicas avançaram, é mais do que lógico afirmar que quem ficou para traz em evolução foram os quimioterápicos.

Recentemente (em 2005), o FDA, órgão do governo americano que aprova e controla medicamentos, aprovou o uso da Temozolomida (Temodal) como primeira opção de tratamento quimioterápico para Glioblastomas Multiformes. Esta substância representa um razoável avanço nos resultados, principalmente quando comparadas a drogas anteriormente em uso, como BCNU ou VCP, para as quais se suspeitava inclusive de uma ineficácia total. Com o uso do Temodal após cirurgia e radioterapia, o número de pacientes que atingem uma sobrevida de dois anos aumentou cerca de 160% em relação ao número de pacientes que atingiam esta mesma sobrevida apenas com cirurgia e radioterapia. Sendo assim, por que motivo classifico os resultados do temodal apenas como razoáveis? A razão é simples, uma análise matemática (cuja explicação não cabe aqui) demonstra que o temodal não produz resultados minimamente adequados para cerca de 83% dos pacientes tratados com ele. Apesar do avanço, 74% dos pacientes diagnosticados com glioblastoma morrem antes que se passem dois anos do diagnóstico, mesmo usando o temodal.

Partindo desta perspectiva aterradora, bem cedo comecei a pesquisar alternativas terapêuticas que pudessem ampliar as chances e a qualidade de sobrevida de meu pai. Em uma ocasião, não me lembro onde nem de quem, recebi a informação de que um médico do Rio de Janeiro estava testando uma nova droga chamada Álcool Perílico com bons resultados. Como já estava perdido em meio a uma quantidade enorme de informações e conceitos novos, anotei o nome entre aqueles para os quais pretendia fazer uma revisão da literatura científica e lá ele ficou, esperando a sua vez. Posteriormente, na comunidade sobre Glioblastoma Multiforme do Orkut vi várias pessoas mencionarem o Dr. Clóvis Orlando da Fonseca e o Álcool Perílico, inclusive algumas cujos parentes já estavam usado esta substância e participando do programa de estudos desenvolvido pelo médico. Instigado por este fato, recorri ao Google Acadêmico (que só apresenta resultados científicos) e ao PubMed (biblioteca de artigos de ciência médica) para avaliar o quanto o Álcool Perílico (perillyl alcohol) estava sendo estudado como opção de tratamento. Acabei ficando surpreso. No Google Acadêmico existem 683 respostas possíveis e no PubMed 147. Em ambos casos, muitas vezes associados ao tratamento de câncer. Inclusive o Dr. Clóvis tem três artigos listados no PubMed.

Algum tempo mais tarde, mantive contato por e-mail com o pesquisador e recebi cópias de vários trabalhos científicos acerca do Álcool Perílico por ele publicados, em associação com outros pesquisadores. O grupo do qual o Dr. Clóvis faz parte tem pesquisado este tema há vários anos e é formado por professores da UFF – Universidade Federal Fluminense. Eles iniciaram com o tipo de pesquisa de medicamentos mais básica que existe, aqueles em que as substâncias são testadas em células separadas dos organismos, também chamada de teste “in vitro”. À partir daí evoluíram com testes em animais, experimentaram o uso em alguns indivíduos isoladamente e , no momento atual, têm autorização para realizar um estudo clínico com um número maior de pacientes portadores de tumores cerebrais. Este último tipo de estudo só pode ser realizado com a provação prévia do Conselho de Ética, aprovação esta que eles possuem.

Por solicitação minha, o professor Clóvis e a Profa Thereza Quirico-Santos redigiram o texto abaixo, descrevendo as origens, propriedades, aplicação e eficácia do Álcool Perílico, e permitiram que eu o publicasse neste blog. Dado que alguns dos termos utilizados por eles podem ser muito técnicos e de difícil entendimento para os leitores, tomei a liberdade de acrescentar algumas explicações, que aparecem entre parênteses e em azul. Estes incrementos foram aprovados pelos dois pesquisadores


O Álcool Perílico

Por Professor Clóvis Orlando da Fonseca e Professora Thereza Quirico-Santos.


“O álcool perílico (AP) é um lipídio presente como óleo essencial nos vegetais, sendo responsável pelo aroma e oleosidade das frutas (cítricas), folhas como couve, hortelã, salsa, aipo, coentro, agrião, alho poró e sementes (ex. cereja). Essa substância tem propriedades importantes na regulação do ciclo celular (controle de como as células se reproduzem); ativação do sistema de morte celular por um processo conhecido como apoptose, que não é lesivo para as outras células e estruturas vizinhas, e inibição da angiogênese e da migração celular, bloqueando a formação de metástase. Desde o início da década 90, o álcool perílico vem sendo utilizado nos Estados Unidos, no tratamento de pacientes com câncer em estágio terminal. Os resultados foram bastante promissores, tanto que foram autorizados estudos clínicos fase II (com seres humanos) mais amplos. Contudo, como o AP era administrado pela via oral, causava transtorno no metabolismo além de também causar efeitos adversos, como náuseas e um quadro de dislipidemia. Na administração pela via oral, o AP é metabolizado (absorvido) no fígado, mudando para outra forma química, exigindo utilização de doses elevadíssimas. Trabalhos do nosso grupo mostraram que o AP tinha efeito inibindo o crescimento de células tumorais de origem no sistema nervoso. Idealizamos então administração pela via inalatória para que o acesso fosse direto no sistema nervoso e com maior difusão nas mucosas (células que revestem a parte interna do nariz), ativando o sistema imune (importante nos tratamentos de câncer) e evitando a metabolização no fígado. A via inalatória atinge de modo bastante eficiente o sistema imune associado a mucosa e o sistema nervoso inibindo a proliferação de células anormais. No protocolo de administração do AP pela via inalatória levamos em consideração o ciclo celular. Nas células normais cada ciclo de proliferação ocorre aproximadamente a cada 12-18hs, enquanto nas alteradas (do tecido tumoral) o tempo é muito curto (6-8hs). Baseado nestes dados foi sugerido a administração do AP 4x ao dia. Também sugerimos que fosse feito afastado das refeições, adequando o horário às atividades cotidianas, porém levando em consideração o ciclo celular e a distância entre as refeições. Atualmente sabe-se que o crescimento tumoral é facilitado pela inflamação, oriunda da necrose (morte) das células tumorais. Com isso há formação de edema (inchaço) no local, ou seja, a retenção de líquido com fatores de crescimento que aumentam a proliferação celular, inibem os genes supressores (que podem ajudar a conter o câncer), ativam a formação de vasos sanguíneos alterados (neoangiogênese) favorecendo o crescimento do tumor e a metástase. Portanto, uma estratégia de controle do crescimento tumoral desordenado seria reduzir o mais possível a inflamação e o edema. A prescrição de antiinflamatórios do tipo esteroidal (decadron) corticosteróide, visa diminuir a inflamação e o edema local, só que essa droga é um imunossupressor (deprime a imunidade) muito potente, levando o indivíduo a desenvolver infecções oportunistas geralmente com evolução grave. Uma proteína plasmática (albumina) presente em concentração alta no plasma e fluidos biológicos (líquidos do organismo) tem como uma função importante regular a distribuição de líquido no organismo, regulando a pressão osmótica e oncótica. Nos processos com grande proliferação celular (ex: câncer, infecção) a concentração das proteínas plasmáticas e principalmente albumina fica bastante reduzida, sendo este um fator de prognóstico importante. Neste protocolo de utilização do álcool perílico solicitamos aos pacientes que tenham uma dieta adequada de modo a repor os fatores (nutrientes) que estão sendo consumidos pela proliferação tumoral. Sugerimos que diariamente seja preparado, pelo menos uma vez ao dia, um suco de frutas, com cenoura ou beterraba e uma folha de couve crua e adicionando uma colher de sobremesa de albumina em pó sem sabor. No almoço ou jantar uma sopa ou caldo de legumes, com uma carne e adicionado antes de bater no liquidificador um dos vegetais que são muito ricos em derivados do álcool perílico: salsa, agrião, hortelã, coentro, aipo, brócolis ou alho poró. Temos evidências que o AP ativa o sistema imune, especialmente das células citotóxicas naturais que controlam de forma eficiente a proliferação de células alteradas e infectadas por vírus, ou outros parasitas. Gostaríamos de lembrar que o sistema imune é muito sensível às influências dos hormônios do estresse, que inibem atividade das células citotóxicas naturais, muito importantes no controle anti-tumoral.”“.


Para terminar este artigo cito novamente o texto escrito pelo Professor Cid Buarque de Gusmão, cujas opiniões eu partilho e endosso:

  • Ainda temos um longo caminho a percorrer no tratamento dos gliomas cerebrais. Porém, qualquer avanço só será alcançado através dos estudos clínicos. Devemos, assim, encorajar nossos pacientes a participar dos estudos em andamento. Como médicos, deveríamos fazer um esforço conjunto, na criação de grupos nacionais de tratamento e pesquisa de patologias como essa, onde o sucesso só será alcançado através do esforço conjunto. Enquanto isso, devemos encorajar e comemorar pequenas vitórias como esta.” (2)

Referências:
(1) Cid Buarque de Gusmão - Diretor do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, São Paulo, SP. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, American Society of Clinical Oncology, European Society for Medical Oncology. Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (1998-2001). Presidente da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica (1998-1999).
(2) Arquivos Brasileiros de Oncologia pg 85-92, setembro de 2005.
(3) What progress has been made in surgical management of patients with astrocytoma and oligodendroglioma in Australia over the last two decades? Smith SF, Simpson JM, Sekhon LH. Department of Neurosurgery, Royal North Shore Hospital, St. Leonards, NSW Australia.


25.6.06

Para aqueles que padecem nas mãos dos convênios

Doença contratada
Carência não inclui doença constatada depois de convênio

Só há carência para atendimento médico de doença detectada antes da assinatura do contrato de plano de saúde. O entendimento é da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Os desembargadores condenaram a Sociedade Doutor Bartholomeu Tacchini a pagar R$ 52 mil de indenização por danos morais para a paciente Severina Maria Massola Pilotti. A indenização por danos materiais ficou em R$ 550, porque a autora da ação teve de sair da cidade para ser atendida pelo SUS. Cabe recurso.

Segundo os autos, o contrato firmado entre a autora da ação e o plano de saúde, de Bento Gonçalves, previa o período de carência de 24 horas para emergências e 24 meses para “cirurgia de varizes, miopia, astigmatismo e hipermetropia”.

Uma consulta no Hospital Tacchini diagnosticou um tumor cerebral na paciente. O convênio se recusou a cobrir a cirurgia, motivo pelo qual a paciente viajou para ser operada no SUS de Porto Alegre. A primeira instância acolheu parte da ação da paciente, para condenar o convênio médio a pagar R$ 550 por danos materiais. As duas partes apelaram. Os desembargadores acolheram o recurso da paciente e condenou a empresa a pagar indenização por danos morais.

O relator, desembargador Paulo Sergio Scarparo, esclareceu que as doenças pré-existentes foram expressamente consignadas no contrato, isso porque a autora relatou detalhadamente seu estado de saúde na declaração. Além disso, a cliente foi submetida a exame de revisão médica, que não registrou os indícios da doença antes da contratação do seguro.

“Não é possível, portanto, enquadrar a cirurgia de remoção de um tumor cerebral como hipótese de aplicação de cláusula contratual que prevê a carência de 24 meses”, concluiu.

Processo 70015161599

Revista Consultor Jurídico, 23 de junho de 2006

22.6.06

Estresse e Depressão causaram o Câncer?

Já ouvi falar muito que depressão e stress podem causar câncer. Nunca havia dado muita importância, por que estas afirmações são muito difíceis de provar. No entanto, no nosso caso pessoal, parece que isto aconteceu. Meu pai tem um grave tumor cerebral. Antes do diagnóstico ele havia passado por um longo período (uns doze meses) de stress, enfrentado dificuldades familiares e financeiras. Apresentou também alguns sinais de depressão, entre eles, uns seis meses sofrendo de insônia com acentuada perda de peso.

Resolvi então fazer uma pesquisa em comunidades do Orkut cujos temas centrais são relacionados ao câncer. O objetivo foi o de averiguar se nos casos daquelas pessoas haviam ocorrido eventos que poderiam ser enquadrados como Stress e/ou Depressão no período antecedente ao diagnóstico do Câncer. A pergunta feita foi a seguinte:

  • "Por favor, responda:
    No seu caso ou de seu familiar ou conhecido, antes do diagnóstico de Câncer, a pessoa (paciente) passou por um período de stress ou depressão?
    Se quiser, forneça maiores detalhes. "


Ressalva

Este tipo de consulta, claramente, não pode ser considerado como científica, mas nos dá uma noção a respeito do assunto, para que possamos incluí-lo ou não em nossas preocupações e buscar soluções que sejam adequadas para nossos casos.

Resultados

Recebi ao todo 29 respostas nas 10 comunidades pesquisadas. Elas estão a assim distribuídas:

  • 15 (52%) - mencionam depressão antes do câncer;
  • 11 (38%) - mencionam stress antes do câncer;
  • 3 (10%) - não vêem relação em seus casos.

Análise

É preciso destacar que, como mencionaram alguns médicos, não há evidências científicas de que exista uma correlação entre o câncer e os quadros depressivos ou situações de stress. Isto significa que não se pode atribuir a estes problemas a ocorrência do câncer, mas também não se pode afirmar definitivamente que uma coisa independa da outra. No entanto, também de acordo com o dito pelos médicos, há suspeitas e alguns indícios de que estes quadros ou eventos possam ser o “gatilho” que dispara o aparecimento da doença, isto é, eles seriam uma espécie de abertura de porta para que o câncer surgisse e se desenvolvesse.

Apesar da falta de evidências científicas, os dados de nossa pesquisa informal (que tem uma amostra muito pequena e inadequada) apontam claramente para a incidência dos males referidos (depressão e stress) como antecedentes do câncer. Nada menos do que 90% dos depoimentos de paciente ou parentes próximos mencionam stress e/ou depressão no período anterior ao diagnóstico. Para mim, uma informação como esta sugere uma clara correlação, mas eu não sou cientista nem médico, assim esperemos que um dia a questão seja elucidada de maneira definitiva.

Depoimentos de Pacientes ou Parentes

Cada depoimento está separado do seguinte por um pontilhado e o nome do autor aparece no final.

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Eu acredito que stress, depressão, tristeza, angústia, mágoa e muitos outros sentimentos potencializam e apressam a manifestação do câncer.

Sabemos que é difícil lidar com determinadas situações sem que elas nos afetem ou desgastem.
Mas precisamos buscar um equilíbrio para não sobrecarregarmos o emocional. Devemos exercitar o nosso domínio-próprio para que as adversidades não se sobreponham à nossa vontade de viver.
Um abraço a todos,
(Nanci)


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Sim. Cerca de um ano antes de eu ter o câncer diagnosticado, fiquei sabendo que sofria de depressão.
(Lorenda)

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Olha não posso falar muito desse assunto porque não conheço, mas já ouvi falar que stress e depressão causam câncer.
(Guilherme)

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Depressão no Paciente com Câncer
A depressão costuma atingir 15 a 25% dos pacientes com câncer. As pessoas e os familiares que encaram um diagnóstico de câncer experimentarão uma variedade de emoções, estresses e aborrecimentos. O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza. O limite a partir do qual se deve usar antidepressivos não é claro, dependerá da experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente apresente um conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de sintomas que os pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a partir do qual se deve entrar com medicações.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Esta é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e perda de apetite. Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso estas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão pesado.
(Yara)

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No meu caso o câncer foi aparecer bem no ultimo ano de faculdade, lutando pra ser efetivada no estagio, fazendo monografia, sem tempo pra nada...estava estressada, como eu todos os meus amigos, mas eles estão ótimos...rs
Acho que tem alguma ligação combinada com falta de imunidade...alguma doença na certa
(Vivian)

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Meu pai sempre foi um homem muito entusiasmo, com muita paixão pela vida. Nunca cheguei a ver meu pai deprimido por nada nessa vida. Sempre enfrentou tudo com muita garra e determinação. Aos 59 anos de idade foi descoberto um câncer e ele enfrentou a doença com muita motivação, nem mesmo nesse período difícil eu cheguei a ver meu pai deprimido, muito pelo contrário lutando contra o câncer ele ainda fazia planos para a vida. Mas infelizmente aos 63 anos o câncer o venceu. Hoje mesmo eu recebi uma triste noticia, uma amiga recebeu o diagnóstico informando que esta com leucêmica. Outra pessoa apaixonada pela vida. Mas ela vai conseguir vencer eu tenho certeza. É difícil saber o que leva um câncer se manifesta em nosso organismo por isso não posso dizer que a depressão possa levar a um câncer, mas agente sabe que a falta da alta estima nos leva a uma grande tristeza e tudo pode acontecer quando nosso corpo não possui a imunidade adequada.
(Margarete)

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Stress e abalo emocional causam câncer
Apesar de não estar comprovado eu acredito ser uma doença genética, porem o stress pode ser motivo do desenvolvimento da doença, quase todos os irmãos de meu avô apresentaram a doença com idade avançada, 70 ,80 anos porém o meu avô ao perder a filha em acidente, o abalo emocional fez com que em 2 meses o câncer o levasse, ele tinha 72 anos, em mim o câncer de mama se manifestou aos 44 anos eu creio que por stress, que ocasionou o retorno de crises de asma, abaixando assim a imunidade, em alguns meses o tumor se desenvolveu, ele duplica de tamanho em 100 dias conforme pesquisa, fiz a cirurgia, quimioterapia e consegui com muita oração e fé contornar a doença.
(Lucirlei)

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Faz 7 anos que tenho câncer de mama e freqüento mensalmente o hospital. Todas as estórias que ouvi, assim como a minha própria, incluíam um episódio de grande tristeza no período de um ou dois anos anterior à doença.
Acredito que traumas podem favorecer o surgimento de câncer.
Isso é diferente de stress e depressão. Estas coisas podem ter origem endógena. Os traumas são coisas que acontecem na vida.
Acho importante diferenciar porque já li muito texto que acaba culpando o próprio doente de maneira velada ou descarada, o que pode aumentar ainda mais seu sofrimento.
(Mônica)

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Como já foi dito, o câncer é uma doença genética. É provável que o lado emocional desencadeie as doenças, pois faz com que o nosso organismo não esteja em perfeita harmonia.
Já foram feitas algumas pesquisas demonstrando que pessoas que tinham fé em Deus passavam por situações difíceis com mais facilidade e /ou em caso de doenças se recuperavam melhor. Isso é um fato. Portanto, quem se mantém em equilíbrio não agride seu corpo.

Para corroborar, minha mãe está com câncer e no ano passado ela passou por uma situação muito delicada com a minha avó. Coincidência?! Acho que não.

O meu avô apesar de ter uma saúde aparentemente boa, morreu de câncer no pâncreas e em anos anteriores ao seu desenlace ele vivia de brigas com seu filho e isto o atormentava muito. Também não creio que seja outra coincidência.
Abraços!
(Ilídia)

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Ilídia,
Acho que as pesquisas sobre fé e oração já foram devidamente rebatidas. Pelo menos foi isso que li há alguns anos, quando acompanhava as pesquisas sobre câncer.

Quanto à origem genética, isso talvez valha para alguns tipos de câncer e não para outros. Câncer não é uma doença só, são várias doenças colocadas sob a mesma denominação por apresentarem algumas características em comum. Apenas algumas.
(Mônica)

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Acho que tem haver sim, meu namorado adoeceu depois de passar por uma grande sofrimento que gerou muita magoa, juntou se também a isso o falecimento do pai.
(Sche&Pedro)

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Não acho que stress e depressão causem o câncer, pode até ser que o denuncie, como se estivesse oculto.
Passei por dois períodos de depressão intensa a uns 20 anos atrás (tá certo que era novo ainda) depois disso aprendi a mantê-la distante e fumo como um condenado há mais de 25 anos, sei dos meus problemas, mas câncer por enquanto, graças a Deus, nunca. Também sofro com stress desde que me conheço como bancário, e também dei um jeito de aprender a me voltar para outras coisas ao invés de me abalar.

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Infelizmente, sei de pessoas que com toda saúde do mundo, longe da poluição, sem vícios e tudo mais morreram de câncer. :(

Colega meu há pouco tempo, sem vícios, aposentado, com vida tranqüila teve câncer de estômago e morreu em menos de um ano, não acreditei, pois há pouco tempo tinha dado uma carona para ele até sua casa e no carro conversamos justamente sobre a morte, como ela é, de repente.

E pouco tempo depois estava eu ao lado dele rezando para um outro lado melhor vítima do câncer.

Sei lá, é difícil determinar, acho apenas que certas coisas podem potencializar algo que já é tendente... não só câncer mas muitos outros males.

PS.: Mônica, não é por nada não, mas stress pode até ser e é na maioria das vezes endógeno, mas no caso de depressão, a verdadeira depressão, e não aquelas de passagem, não é endógena e precisam muito, mas muito mesmo de tratamento.
(Jorge)

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Jorge,
Falávamos na depressão causada por um fator emocional momentâneo que causa uma tristeza muito forte na pessoa. Eu pelo menos entendi dessa maneira; não da depressão doença.

Eu acho que todo desequilibro pode vir a provocar doenças, sim. E quando já existente, ajuda a aflorar os sintomas.
Abraços!
(Ilídia)

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Mônica,
Não vou discutir se todos os cânceres são de ordem genética. Até porque há outros fatores que os tornam mais suscetíveis as pessoas ao aparecimento dele como: poluição, fumo, bebida, etc.
Mas acredito que o fator emocional contribua para o equilíbrio do organismo.
A fé é algo muito positivo para o organismo, como estudos já comprovaram.
Abraços!
(Ilídia)

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Perdi meu pai e, na época, fiquei um tempo como se minha garganta tivesse sido petrificada, chorei bastante mas não era o suficiente. Essa nó na garganta, que até então eu nunca tinha sentido, foi justamente no local onde eu não tenho mais a tireóide... Não sei se teve alguma coisa a ver mas a primeira coisa que veio na minha mente quando soube o resultado do exame no ano passado, foi a lembrança daquele nó...
(Jeanete)

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Este assunto é bastante polêmico...Uns dizem que tem a ver , outros dizem que não...Pois o que explicaria o fato de tantas crianças, que mal começaram a viver, terem algum tipo de câncer, e muitas vezes, nem resistirem ao tratamento?Uns dizem que através do Espiritismo explicamos estes fatos, que trata-se de Carma, e coisas do tipo...Eu não sei...Nunca saberemos eu acho..Os médicos já criaram uma nova área de Medicina, a Psiconeuroimunologia, que explica um pouco sobre isso..Esta forma de nos maltratarmos tanto psicologicamente, que acabamos nos trazendo doenças, mesmo que não queiramos isso...Claro, que ninguém em sã consciência vai desejar uma doença, que em vários fatores é tida como fatal...Sabemos que nem todo câncer mata, porém que é bem difícil de lidar e aceitar, isto sabemos..Tudo por vida inteira se pensando que Câncer é o que mata, e pronto..Hoje, temos mais do que isso, infelizmente, e que pode matar muito mais rápido, como por exemplo, um vírus, o da Hepatite C é um deles,que vem silenciosamente destruindo o fígado e nem se imagina ... claro sem esquecer o AIDS...Bem, se formos falar em doenças não paramos, e se formos falar em morte, mais ainda discutiremos aqui..Até porque , nos dias de hoje, uma vida se acaba muito de repente, basta pensarmos na violência ridícula que assola as cidades, das grandes, às pequenas...Muitos nem têm tempo de ficar doentes..Vem um ser humano inferior qualquer e destrói vidas inocentes com tremenda facilidade, e muito maior agressividade que qualquer doença...
É certo que termos este contato com uma doença é algo profundo, algo que nos coloca diante de nós mesmos , sem máscaras, e aí vamos nos fazendo perguntas mesmo, isto é natural...É um momento de busca, de reencontro com nosso ser que ficou esquecido por algum motivo..Os médicos nos dizem que é um fator genérico, um erro, e que agora, ou melhor na época da descoberta da doença, aflorou...E é aí, que uns dizem que aflorou depois de um trauma, ou algo que nos feriu tremendamente a alma...
Eu tenho minha história, o vizinho tem outra, cada um vai dizendo o porque acha que teve tal doença...Muitos acham que foi sua culpa mesmo,outros dizem que foi obra de Deus...Uns dizem não saber, a maioria, aliás..E todos juntos vão levando a vida assim, se vêem de repente com uma força que nunca imaginaram, ou se esvaem, e se deixam levar pelo infortúnio da doença...Outros ,se eram deprimidos, levantam astral, e param de carregar o mundo inteiro nas costas, como faziam até então...E começam a lutar brava e positivamente até o confronto final, que os levam à vitória!
Geralmente quanto mais sofremos as situações diversas da vida, mais nos tornamos fortes e resistentes a tudo..Porém no meio do susto, podemos nos perder um pouco e não saber pra onde ir...O interessante é parar e realmente ter uma conversa franca consigo mesmo, e com a força maior que rege toda a vida na Terra..Se é Deus, que seja com Ele, se é Buda, que seja com ele, se é Meishu-sama, que seja com ele, enfim...Cada um com sua crença, sua fé, vai conseguindo limpar a alma e conseqüentemente o corpo, e prepara com isso o terreno ,para qualquer batalha maior...Pode haver sangue, pode haver dor, mas o que se quer é que a luta seja justa! E justiça para qualquer doente é a vitória, o fim da doença!
Com ou sem depressão, stress, erros genéticos, o ser humano passa por alguma situação que o leva a se ver diferente do que pensava ser, e é aí, que todo mundo vê, e realiza a grande verdade da vida: somos todos iguais, e todos estamos aqui simplesmente para aprender a SER antes de TER!!Somos seres humanos que precisam das experiências, boas ou ruins para nos tornarmos de verdade, seres humanos completos!
Isso é o que eu acho... Isso é o que tenho sabido...
Já tive depressão sim, algumas vezes, e me trato disso, porém não sei dizer se foi isto que me levou a ter contato com uma doença, ou com o seu nome apenas...Sei é que no meio disto tudo EU existo, e vou lutar até quando Deus quiser que eu lute, para ser feliz, da forma que tiver, e merecer ser!
(Alvinha)

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Eu acredito que as pessoas que desenvolvem a doença tenham uma pré-disposição genética, e que o stress e a depressão aceleram este processo, até porque a imunidade fica baixa. Estive conversando com uma médica, ela me disse que todo mundo em uma época da vida passa por um período depressivo...
(Patrícia)

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Postei sobre soja com informações deste mesmo site, mas aqui neste outro tópico, falam sobre câncer e sua origem, e sobre uma dieta para quem tem câncer...Achei bom..Mas, é somente mais uma opinião...
http://correcotia.com/cancer/index.html
(Alvinha)

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Bom, minha história é semelhante a da Janete. Passei por um tempo de muita tristeza, depressão por problemas pessoais e sentia o tal nó na garganta. Logo após, começou a aparecer os nódulos que foram crescendo rapidamente, e aí fiz exames e cirurgia etc.etc. e infelizmente era carcinoma papilífero. Acredito que tem tudo a ver sim, tudo influencia na saúde.
(Daiane)

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Não acredito em nada disso. Acho tudo uma bobagem.
(Gerson)

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Eu não tenho uma opinião formada se tem a ver ou não,pois acredito que pode ser predisposição genética ou alguma interferência ambiental, ou alimentação, na realidade a ciência não tem uma explicação mas, o meu caso é parecido como de algum de vocês: fiquei muito triste ao descobrir e acompanhar todo o tratamento da minha mãe que teve um C.A. de mama, segurei as pontas e fiz de forte, senti nó e mais nós . Isso foi em NOV 2004, em março de 2005 descobri o meu carcinoma papilifero. Mas agora, para glória de Deus e mérito de excelentes médicos, estamos ótimas
(Patrícia)

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Dalila
acredito sim.... eu tive momentos de muita depressão e stress juntos e depois disto apareceu o câncer.... um dia conversando com o meu medico e tentando achar um pq, ele me disse que tudo era psicossomático, inclusive no meu caso.... acredito sim q esses males são os causadores do câncer....

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Não consegui ler todas as respostas, mas vou dar a minha opinião. Eu acredito que o câncer tem uma forte ligação com o emocional, sim. A tendência é somatizar tudo o que há de ruim. Depois de um tempo, pós-trauma de diagnóstico, cirurgia e tratamento, pude avaliar toda a situação. O meu histórico de vida é totalmente indicativo ao câncer de tireóide. Eu literalmente "engolia sapos". Sempre fui de sofrer em silêncio, nunca exteriorizava o que sentia, principalmente coisas ruins. Passei por um período negro, não de depressão, mas de outros problemas. Depois da cirurgia e diagnóstico, isso mudou e muito. Hoje eu não "levo mais desaforo pra casa". E a qualquer tentativa disso, minha voz simplesmente desaparece, minha garganta dói horrores. Eu acredito que a tireóide era um amortecedor disso e acabou dando no que deu. No meu caso, a depressão veio depois, junto com síndrome do pânico. A primeira eu já mandei pra longe, mesmo assombrando de vez em quando...a outra? Estou tentando aprender a conviver...
(Helô Helê)

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Será que vocês não estão confundindo as coisas? Muitos falam em depressão "antes" do câncer. Ora, queira ou não ter um câncer se "instalando" deve provocar várias mudanças no organismo, pelo menos eu senti isso, talvez dentre elas alguma alteração hormonal que cause depressão e não a depressão ser a causa de câncer.
(Gerson)

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Incrivelmente as respostas são bem parecidas.
Antes de diagnosticar a doença eu passei também por fortes abalos emocionais.
Talvez até nem tenha nada haver, mas pelo que tenho lido e pesquisado o fator emocional com certeza se manifesta no nosso organismos através de doenças.
Logicamente não quer dizer que todas as pessoas que passem por problemas emocionais desenvolvam câncer.É um tópico sim muito interessante onde retratamos várias pessoas que tiveram abalos emocionais e logo depois tiveram câncer.
Eu não tive depressão para depois te câncer não.Mas passei por muitas perdas e sei que minha saúde foi abalada.
Todos os tópicos aqui são muito bem vindo.
Não somos médicos apenas colocamos nossas dúvidas.E sempre tem casos e respostas bem parecidas.
Valeu Miguel pelo seu tópico. Já falei com muita gente a respeito disso. E alguém sempre tem algo parecido pra contar.
(Andréa)

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Eu também acho que a depressão pode causar coisas ruins pro nosso organismo, e pq não o câncer ?? Alias acho que muitos sentimentos ruins causam coisas piores ainda, e como disse a Andréa, não somos médicos, não estamos aqui afirmando nada e sim dando opiniões e relatando experiências.
(Cassia Biaggio)

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Realmente
Alguns estudos revelam que o câncer é uma doença que tem como um dos fatores a psicossomática, devemos além de todos os outros fatores, levar em consideração o psíquico da pessoa.

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possibilidade...
Quem sabe... já li também que "câncer é a tristeza das células"...
Angústias, períodos de coisas que não dão certo, problemas financeiros, afetivos... isso todos temos e durante a vida toda. Creio q a questão está em "o que fazemos dos problemas e tristezas.... para onde os jogamos?" que é o q levaria a uma depressão.
Eu prefiro acreditar que "a genética me traiu" (procurando pôr a culpa em alguém q não seja eu). Mas pondero a possibilidade sim de não ter sabido lidar com todas as coisas não boas q me aconteceram durante a vida. A parte boa é que me safei de três tumores... estou bem... e estou tentando mudar meu ritmo de vida, meus hábitos, de maneira a não passar mais por isso. Só o fato de estar vivo já é alegria suficiente para não deixar a depressão chegar. Beijo a todos.
(Eliana)

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Stress, Depressão e Cigarro causam o Câncer.
Acredito muito que juntando estes três itens o resultado é realmente o câncer,
pois em 2002 passei por momentos muito difíceis em minha vida, sempre fumei, nos momentos difíceis eu fumava mais ainda, fiz tratamento psicológico e psiquiátrico, mas depois de oito meses foi constatado que estava com câncer no pulmão. Segundo vários médicos e equipe médica disseram que meu câncer de pulmão era causado pelo stress, emocional e 60% pelo cigarro, o stress e o emocional abalado só fez o câncer adiantar alguns anos, por isso acredito que tenha relação uma coisa com a outra (segundo os médicos é como se o câncer estivesse dormindo e foi acordado pelo stress e pela depressão.
OBS:- O stress esta em nossas vidas todos os dias, mas o cigarro vocês podem evitar, antes que aconteça o mesmo que aconteceu comigo, sejam fortes, não sejam fracos como eu, pois estou indo para mais uma cirurgia de retirada total do pulmão esquerdo e não parei de fumar, não sei explicar o porque, só sei dizer que o medo das complicações e tratamentos que causam esta doença mexe muito com minha cabeça e sinto muita falta do cigarro, não tenho medo de morrer e sim de ficar em uma cama sofrendo.
Por isso meus amigos parem de fumar.
Beijos Fiquem com Deus.
(Salete)

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Pesquisa
Oi pessoal,
No meu caso acho que convivi durante muito tempo com angústias, depressões, mágoas e coisas afins. Isso, com certeza, gerou meu câncer. Graças a Deus, tive um tipo raro, carcinoma colóide, que não foi muito agressivo e estou super bem. Hoje me sinto mais amadurecida, mais bonita, mais consciente e procuro aproveitar tudo de bom que a vida possa me oferecer.Antigamente era uma pessoa muito triste, hoje sou muito FELIZ!!!
(Graça)

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eu tive depressão com a morte de minha mãe
e eu descobri depois disso o primeiro tumor na tireóide, eu acho que contribui muito.
(Tete)

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tomara que não... porém...
Antigamente minha mãe era carinhosa e bastante calma... e se transformou, depois de algumas situações ocorridas...
ficou uma pessoa bastante estressada... gritava, dava bronca... descia do salto mesmo..
já cheguei a cogitar essa hipótese aqui na comuna... e não obtive muito êxito no assunto...

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No ano passado, após eu ter tentado o suicídio minha mãe passou a tomar antidepressivos, mas nuna notei uma mudança drástica nela, mesmo porque ela fazia de tudo pra estar bem ao meu lado e não deixar a peteca cair. Pode ser que sim, pode ser que não, já que outras pessoa na família dela tiveram câncer, como o irmão.
(Fernanda)

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Sim...
O neurocirurgião da que assistiu minha mãe me falou que não há muita relação genética nos gliomas não... segundo ele, é um dos únicos tipos de câncer que não estão ligados geneticamente...
Quando minha mãe adoeceu, fazia um mês que a irmã dela havia falecido, também de câncer, uma metástase de câncer de mama... faleceu em 12/09/03 e minha mãe manifestou a doença mais ou menos no meio de outubro daquele ano...
Tanto que o médico a princípio, falou pra ela de uma metástase, pensando que ela não sabia do que se tratava...rs...
ela já falou na hora.. então eu estou com câncer...
Mas no caso da minha mãe era o glioma mesmo... todos os outros exames apontavam para um corpo totalmente saudável...
Porém, minha mãe tinha um primo de 3º grau que faleceu com o glioblastoma também.
(Márcia)

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Sim
Minha mãe teve um casamento que era puro stress. Passou a vida engolindo "sapos" e tendo que esquecer certas coisas pra poder tocar a vida. A própria localização do tumor é exatamente na área responsável pela memória. Com a morte do meu avô em 98, minha mãe passou a apresentar um comportamento bastante depressivo, nos últimos 3 anos ainda tentei levá-la para tratamento, mas ela acabava desistindo pois ficava muito mal com os anti-depressivos.
(Fábia)

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Minha mãe tratava de depressão e labirintite
eu acho que tem alguma ligação sim (Paulo)

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Um médico já comentou este assunto comigo...
Um médico já comentou este assunto comigo... que pode ter relação, sim, com situações de stress e depressão.

Minha avó teve câncer e a fase terminal foi bastante triste e longa... um tempo depois surgiu o câncer em mamãe. Ah! E eu também deu um pouco de "trabalho" na adolescência...
(Gláucia)

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Oi Miguel, eu faço parte de um grupo da Renovação Carismática Católica e ontem foi noite de grupo, rezamos muito por pessoas que tem câncer, sempre digo que este grupo foi o que me segurou nos momentos que era difícil até rezar. Ontem foi dito que alguns câncer se manifestam pela falta de perdão, pelo emocional, acho que isso acaba se enquadrando no seu pai, por todo o stress que ele passou e na época não contou a vocês.Então falo por mim rezem muito por que para Deus tudo é possível
(Ivelise)

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Sim
Quando o tumor foi diagnosticado, meu marido estava muito estressado, trabalhando muito... e havia perdido o pai há 2 anos, esta perda o deixou muito triste e inconformado. O oncologista na primeira consulta me perguntou se ele havia passado por alguma situação muito traumática!
(Maria Rosa)

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Minha mãe também andava bastante nervosa e triste, meses antes de descobrirmos a doença.
E tudo sempre foi com ela, ela vivia estressada.
(Ana Paula)

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Com minha tia foi a mesma coisa, quando ela começou a viver o clima de separação, começou a ficar triste e depressiva. Logo depois apareceu a doença.
(Ana Paula)

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Sim
Meu pai era uma pessoa que já sofreu de depressão e ultimamente passava por momentos de estressantes no trabalho. Perdeu um amigo e uma tia que o criou poucos meses (3 ou 4) antes do diagnóstico da doença.
(ANDREA)

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Sim
Claro que tenho quase certeza de que tem muita relação com Stress e depressão!!! O meu pai trabalhava de Zelador em um condomínio em São Paulo, só que pelo fato de morar no emprego, era o típico funcionário "BomBril", pois pra tudo que acontecia no condomínio, iam logo atrás do meu pai pra resolver...que no geral eram problemas e mais problemas!! Quando ele adoeceu e fui até SP cuidar dele, soube que os últimos 2 anos, tinham sido horríveis pra ele, muita pressão por conta dos moradores, problemas recentes que existiram com a distribuição de água do condomínio, moradores que queriam cortar funcionários e perseguiam ele especificamente...e outras coisas horríveis que soube por lá....soube até que já desejaram a morte do meu Pai!! Então, precisa dizer + alguma coisa, motivos ele teve de sobra pra desenvolver um tumor desse, não acham??
(Wilma)

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Stress e Depressão causaram o Câncer
No meu caso, não. Conforme pode ser visto no meu testemunho, eu tinha um adenocarcinoma de colom ascendente há cerca de 5 anos, sem qualquer sintoma. Porem, já ouvi varias pessoas comentarem sobre stress, vida sedentária, e outros fatores, que poderiam ter causado o mal.
(Alfredo)

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Depoimentos de Médicos em uma comunidade sobre Oncologia Clínica e Cirúrgica



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Olha, não sei se stress ou depressão podem causar o câncer, podem ser um fatores externos que contribuam para o aparecimento do Câncer. Não sei se existem estudos nessa área... No caso do infarto, existem pesquisas que comprovam que o stress é um grande fator de risco para o infarto agudo do miocárdio.
(Dra. Giovanna)

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Existe uma forte relação temporal entre um evento marcante do ponto de vista emocional (divorcio, morte na família, aposentadoria) de 5 a 3 anos antes do diagnostico de câncer em muitos, mas não todos, os pacientes. câncer é uma doença multifatorial e q raramente é desencadeado por um único fator etiológico (mesmo o câncer de pulmão no fumante tem outros fatores que contribuem e façam com que a doença ocorra em um dado momento, e não 10 anos antes ou depois)

Porem, no caso de seu pai, a depressão já podia ser um sintoma do tumor cerebral, e não a causa da doença.
(Dr. José)

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Dr. José
Concordo com relação à depressão, mas o stress a que ele foi submetido, pelo menos por 1 ano antes do aparecimento do tumor, não tinha precedentes. Alem disto, a morte abrupta de minha mãe, vitimada por um aneurisma cerebral em 99, foi um evento especialmente traumatizante para ele, com reflexos por muito tempo.
(Miguel)

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Sem duvida alguma existe freqüentemente uma relação temporal entre distúrbio emocional grave alguns anos antes do diagnostico de câncer, como mencionei. Mas isso também é verdade para outras doenças degenerativas graves, como infarto ou AVC. Mas acho difícil justificar isso como o único fator CAUSAL entre stress e doença, pois como já discutimos antes, a causa do câncer na maioria das vezes é multifatorial.
(Dr. José)
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Único não...
Gatilho sim?
(Miguel)

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Sim
(Dr. José)

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É o que penso.
(Miguel)

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Estudos clínicos tipo coorte, prospectivos, não conseguiram encontrar relação significativa entre stress ou eventos traumáticos e neoplasias.
Essa informação é muito mais confiável do que relatos ou "achismos".
(Dr.André)

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Você poderia...
...citar especificamente qual é a pesquisa? Interesso-me pelo tema, pois meu pai, agora, está em "ambiente" abrigado mas as condições estressantes e/ou depressoras que antecederam o aparecimento do tumor ainda persistem.
(Miguel)

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Tudo bem que sua pesquisa on-line não responde a critérios científicos e estatísticos, nem deve ser esse o intuito. Mas, só um comentário no meio disso tudo, a população mais afetada pelo câncer é a de idade superior a 40 anos. O quão provável você acha uma pessoa nessa faixa etária não passar por situações de stress ou depressão? E quantas pessoas passam pelo stress e depressão e não desenvolvem câncer? E em relação aos pacientes oncológicos infantis? E quantas aliam ao stress ou à depressão o tabagismo, etilismo, sedentarismo e hábitos alimentares impróprios?

De qualquer forma, no pubmed você pode talvez achar estudos sobre isso, o tema é bem controverso, há quem goste de colocar depressão como fator adicional ao ambiental e ao genético na formação do tumor. (Dra. Danielle)

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Diagnóstico de Depressão não aumenta risco

  1. Aro AR, De Koning HJ, Schreck M, Henriksson M, Anttila A, Pukkala E.
    Psychological risk factors of incidence of breast cancer: a prospective cohort
    study in Finland.
    Psychol Med. 2005 Oct;35(10):1515-21.
    PMID: 16164775 [PubMed - indexed for MEDLINE]
  2. Nyklicek I, Louwman WJ, Van Nierop PW, Wijnands CJ, Coebergh JW, Pop VJ.
    Depression and the lower risk for breast cancer development in middle-aged
    women: a prospective study.
    Psychol Med. 2003 Aug;33(6):1111-7.
    PMID: 12946095 [PubMed - indexed for MEDLINE]
  3. Gallo JJ, Armenian HK, Ford DE, Eaton WW, Khachaturian AS.
    Major depression and cancer: the 13-year follow-up of the Baltimore
    epidemiologic catchment area sample (United States).
    Cancer Causes Control. 2000 Sep;11(8):751-8.
    PMID: 11065012 [PubMed - indexed for MEDLINE]
    (Dr. Luciano)

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Luciano - Obrigado.
Achou no pubmed? Com quais keywords ou limits?

Quanto a ser trigger? Sabe de algo?

Obrigado!
(Miguel)

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Stress e câncer de mama - Metanálise

  • Duijts SF, Zeegers MP, Borne BV.
    The association between stressful life events and breast cancer risk: a meta-analysis.
    Int J Cancer. 2003 Dec 20;107(6):1023-9.
    PMID: 14601065

Sugiro você procurar no PubMed e entre no "clinical queries", com os termos neoplasm, stress, ou outros, e buscar estudos de etiologia, e clicando na busca mais restrita (específica).
Você pode ainda limitar para estudos de metanálise, embora eu ache que acaba limitando demais a busca.
Se precisar de ajuda é só fala.
Um abraço.
(Dr.André)

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Obrigado.
Tenho muita curiosidade sobre este tema, originada no caso de meu pai. Ele sempre foi um sujeito muito saudável sob todos os aspectos. É um verdadeiro contra-senso ter tido um GBM (sei que a etiologia é desconhecida). A única coisa que mudou muito no seu último ano antes da doença foi o nível de stress e o aparecimento de alguns sintomas de depressão.

A propósito:
Sei que minha consulta a usuários do orkut não tem nada de científica e que as evidências não demonstram correlação, mas o número de pacientes ou parentes que referiram uma ou ambas as coisas é muito alto quando comparado com os que referiram a não ocorrência.
(Miguel)

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Na minha prática em consultório também vejo isto.
Mas acho que na maioria das vezes as pessoas tentar encontrar algum culpado para sua doença. E às vezes culpam a si mesmo... Por seu comportamento, por não ter aproveitado a vida direito, e por aí vai. (Dr.André)

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Meu pai morreu de câncer e ele era muito estressado, levava uma vida corrida, ficava nervoso devido a muitas coisas, eu acredito que o stress pode sim influenciar nas doenças, mas não temos como provar isso, é acreditar ou não pois como alguém citou anteriormente , é multifatorial etc.. a verdade é que ainda falta muito o que pesquisar sobre as origens do câncer que atualmente conhecemos como a neoplasia maligna se forma porem não compreendemos sua origem e o "por que". Então independente do stress e depressão "causarem" ou não o câncer, todos devemos buscar uma vida mais tranqüila e sem tanto stress buscando a felicidade porem todo mundo é estressado as vezes e não tem como agente pensar: "hoje não vou me estressar porque pode fazer mau para minha saúde" , todo mundo se estressa pois é natural... e se o stress fosse uma causa de câncer?? Fariam remédios pra ninguém se estressar? Mesmo que fosse não seria a única causa..
(Dr. Milan)

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4.6.06

Eu posso fazer mais que isso!

Não sou muito de postar textos de encorajamento no blog, mas a mensagem abaixo expressa muito a forma como penso que nós, parentes de pacientes, devemos agir. Por isso sugiro a você que a leia. Não é um texto técnico, mas é algo sobre o que realmente devemos refletir e por em prática.


EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO!
Autor: Eder Batista ...


Embora o coração dela estive pesado de tristeza e angústia, ela era muito determinada. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa de uma leucemia terminal. Junto dele tomou-lhe a mão e perguntou:
- Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?
- Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro!
A mãe sorriu e disse:
- Vamos ver o que podemos fazer.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos bombeiros, em torno do quarteirão.
O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:
-Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um bombeiro honorário, por todo o dia. Ele poderá ir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de incêndio. E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.
Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-o no uniforme de bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão de bombeiros. O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu... Ocorreram três chamados naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todos os três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes: no tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe do bombeiros.
Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda a família.
Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para chefe da corporação, e perguntou se seria possível enviar um bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.
O chefe dos bombeiros respondeu:
-Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor. Quando você ouvir as sirenes e vir às luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o corpo de bombeiros vindo visitar mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!
Cinco minutos depois, uma van e um caminhão com escada chegaram no hospital.
Estenderam a escada até o andar onde garoto estava, e 16 bombeiros subiram.
Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam.
Com voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores - disse ele.
Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

Diga: - EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO !

Esta mensagem não deve ficar arquivada! Encaminhe para os seus amigos!

Se é para arquivar, que seja no coração de cada um de NÓS!

"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"

2.6.06

Tumores 'podem sabotar sistema imunológico'

Da BBC

Tumor
Estudo diz que proteína pode inverter papel de células de defesa
Cientistas americanos descobriram que tumores podem manipular o sistema imunológico para que ele deixe de atacar células cancerosas.

A conclusão é de um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, da cidade americana de Seattle, publicado na revista Nature Immunology.

A pesquisa mostrou que o câncer em seus estágios finais produz uma proteína que em vez de auxiliar na mobilização do sistema imunológico inibe as tentativas do sistema imunológico de atacar tumores cancerígenos.

Tumores costumam produzir diversas proteínas anormais. Algumas fazem com que o câncer se desenvolva rapidamente, outras causam a neutralização do sistema imunológico.

'Advertência'

Em alguns casos, tumores geram "sinais de advertência" capazes de alertar o sistema imunológico e incitar a sua ação. Isso pode ocasionar situações de recuperações de pacientes com câncer julgadas "milagrosas".

Mas a equipe de pesquisadores descobriu que há uma proteína presente em tumores que tem um efeito negativo quando produzida em excesso. Nessas condições, a proteína é capaz de estimular células do sistema imunológico a se tornarem "sabotadores".

Em vez de ativar outros tipos de células imunológicas, elas passam a anular as células de defesa.

Os autores da pesquisa estudaram tumores e amostras de sangue de 26 pacientes portadores de câncer de seio, pulmão, ovário, cólon e de pele.

Os pesquisadores não souberam precisar o que provoca a inversão do papel das proteínas, mas acreditam que o estudo pode indicar caminhos para se combater o câncer.

De acordo com Thomas Spies, que comandou a pesquisa, "uma vez que o câncer se estabelece como um tumor consistente e em crescimento, ele é capaz de produzir uma vasta quantidade de proteína e fazer com que ela se espalhe na corrente sangüínea".

"Isso altera de tal forma a composição das células de defesa no corpo do paciente com câncer que a resposta do sistema imunológica é severamente prejudicada. Se for possível fazer com que o tumor deixe de produzir a proteína, isso irá criar um efeito positivo para combater tumores cancerígenos", afirma Spies.

1.6.06

Nova perspectiva na utilização de quimioterapia

USP desenvolve técnica para aumentar a eficiência e diminuir os efeitos colaterais de drogas amplamente utilizadas no tratamento de câncer.


O tratamento do câncer com a quimioterapia pode ser mais eficiente e menos tóxico. Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, cientistas conseguiram adaptar drogas amplamente utilizadas nesse tipo de tratamento à tecnologia de transporte de quimioterápicos por eles desenvolvida. A pesquisa resulta de um trabalho conjunto da FCF e o Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

Em cânceres como o de ovário e o de mama, as células cancerígenas são mais afetadas pelo medicamento quando ele é transportado pela partícula desenvolvida na pesquisa (a LDE), que funciona como um "pacote" endereçado a essas células. Construída de maneira a ser identificada como a partícula que provê substâncias essenciais ao desenvolvimento do câncer, a LDE possibilita um acesso mais direto e eficaz às células doentes. "Com essa tecnologia, tem-se a chave da porta da célula", afirma o professor Raul Maranhão, coordenador da pesquisa.

Novos fármacos
Para que exista a possibilidade de a partícula transportar diferentes quimioterápicos, o pesquisador explica que o fármaco deve ser alterado quimicamente de forma a estabilizá-lo dentro da LDE e não anular as suas propriedades terapêuticas. Os primeiros testes foram feitos com a carmostina - droga de uso restrito devido a sua elevada toxidade, mas de fácil manipulação no sistema LDE. Em camundongos, a nova preparação se mostrou mais eficiente e menos tóxica do que a comercial. Em seres humanos, foi constatado que a toxicidade do quimioterápico fica drasticamente reduzida. "A quimioterapia do câncer fica tão tranqüila quanto o tratamento de uma infecção com antibióticos", afirma Maranhão.

Recentemente, quatro novos fármacos de amplo uso em quimioterapias foram adaptados à tecnologia de transporte. Dentre eles está o taxol (ou paclitaxel), um quimioterápico de primeira linha no tratamento de câncer de mama. "Essa é uma tentativa de organizar um arsenal básico de quimioterápicos incorporáveis à LDE para um estudo mais amplo do sistema de tratamento", aponta o professor.

Estudos feitos em pacientes mostram que, naqueles com câncer de ovário, a LDE conseguiu gerar uma concentração de fármaco na célula cancerosa dez vezes maior. Em pacientes com câncer de mama, essa concentração foi cinco vezes maior. Em casos de leucemia, de mieloma múltiplo (ambos tipos de câncer que atingem a medula óssea) e de linfomas (câncer que atinge o sistema linfático, responsável pela defesa do corpo), a concentração de medicamento também se mostrou maior.

A menor toxidade do tratamento também foi evidenciada no estudo. "Pacientes com linfomas e câncer de mama tiveram os efeitos colaterais da quimioterapia (como queda de cabelo e baixa resistência) praticamente anulados, já que as preparações ficaram quase sem toxidade", afirma o pesquisador.

Cavalo de tróia
"As células cancerosas têm como característica sua reprodução descontrolada. Para criar novas células, precisa-se, dentre outras substâncias, de colesterol. Esse tipo de gordura interessa ao câncer quando transportada por uma partícula denominada LDL", descreve Maranhão. Existente na proporção de bilhões por centímetros cúbicos (cm3) de sangue, essa partícula consegue entrar na célula cancerosa com ajuda de receptores - os quais têm seu número duplicado para suprir as necessidades de colesterol da célula.

A idéia inicial da pesquisa era desenvolver uma partícula muito parecida com a LDL que possibilitasse um acesso direto às células com câncer - já que as drogas utilizadas na quimioterapia são administradas por meio da corrente sangüínea. Em 1993, a equipe de Maranhão conseguiu construir essa partícula, que chamaram de LDE para lembrar a analogia com a LDL.

Carregando quimioterápico no lugar do colesterol, o novo transportador é "recepcionado" pela célula cancerosa como se fosse a LDL, o que permite sua entrada. "Na quimioterapia tradicional, o fármaco atinge em quantidades iguais tanto células doentes quanto células normais. Com a técnica de 'empacotamento' desenvolvida, as células cancerosas são atingidas em maior número, garantindo maior eficiência no tratamento", afirma Maranhão.

Apesar dos resultados positivos alcançados, o pesquisador pondera que ainda faltam fazer alguns trabalhos clínicos, em pacientes com câncer, para que a aplicação de quimioterápicos por meio da LDE possa ser feita no tratamento da doença. "Mas todo o projeto está, teoricamente, pronto para ser implantado".

Mais informações: (11) 3069-5951, com Raul C. Maranhão; e-mail ramarans@usp.br

Copiado de matéria de Aline Moraes / Agência USP publicada originalmente em: "Quimioterapia em cânceres como o de mama pode ter efeitos colaterais reduzidos"

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