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Vitaminas A e E pode interferir no mecanismo natural de destruição das células cancerígenas
As vitaminas são consideradas um elemento fundamental no arsenal da prevenção de doenças, mas quando se trata de cancro o tiro pode sair pela culatra: pesquisadores afirmam que os suplementos podem ser contraproducentes e até mesmo acelerar a propagação do mal.Um estudo apresentado esta semana na reunião anual da American Society for Cell Biology, em Washington, sugere que o uso de vitaminas, especialmente A e E pode interferir no mecanismo natural de destruição das células cancerígenas.
Os pesquisadores temem que, ao consumir vitaminas, os pacientes submetidos a terapia de raios e a quimioterapia podem, sem saber, estar sabotando seu próprio tratamento.
"Todo mundo crê que as vitaminas são muito importantes," disse o autor da pesquisa, dr. Rudolph Salganik, da Universidade da Carolina do Norte. "A verdade é que, na realidade, não sabemos o quão úteis são as vitaminas."
Nos estudos realizados por Salganik e seus colegas, as vitaminas A e E resultaram nocivas em ratos com tumores cerebrais. Os ratos que tiveram sua ingestão de vitaminas quase totalmente cortada apresentaram tumores 17 por cento menores do que os que receberam sua dose normal de vitaminas.
Resultados inesperados
"Sinceramente, a princípio não acreditamos nos resultados," disse Salganik, explicando que a repetição dos testes confirmou a conclusão. As mesmas tendências em ratos com câncer de mama foram verificadas em relatórios preliminares, também apresentados na reunião.
Embora essas conclusões possam parecer surpreendentes para a maioria das pessoas, são perfeitamente lógicas a nível celular, explicou Salganik.
No funcionamento natural do organismo, o oxigênio no sangue reage em contato com as células e causa sua morte. O que os antioxidantes como as vitaminas A e E fazem é combinar-se com esses radicais livres, os anulando e impedindo que destruam as células.
Quando esses radicais livres são eliminados da corrente sangüínea, as células sadias se beneficiam. Mas também as células cancerosas, já que a falta de radicais livres propicia seu crescimento descontrolado.
"Ao suprimir os radicais livres, o programa de destruição celular do organismo fica prejudicado," disse Salganik, acrescentando que tentará, em pesquisas clínicas, repetir suas experiências em seres humanos, controlando especificamente a quantidade de vitaminas administradas aos pacientes de cancro.
FDA aprova a temozolomida para o tratamento inicial de casos glioblastoma multiforme (tumor cerebral)
A Food and Drug Administration (FDA) aprovou no passado dia 16 de Março, uma nova indicação terapêutica para a temozolomida no tratamento de doentes aos quais foi recentemente diagnosticado glioblastoma multiforme.Desta forma o uso de temozolomida concomitante com e após radioterapia vem prolongar a vida dos doentes aos quais foi recentemente diagnosticado aquele que é o mais comum dos tumores cerebrais malignos – glioblastoma multiforme.
Dr. Bravo Marques, Director do Serviço de Neurologia do IPO de Lisboa referiu que “A temozolomida é um medicamento administrado por via oral, fácil de usar, com um perfil de segurança grande e baixa ocorrência de efeitos adversos”.
Não deixou também de salientar que “os resultados deste estudo, são muito entusiasmantes e parecem definir o novo padrão de tratamento dos doentes com glioblastoma multiforme - trazendo uma nova esperança aos portadores desta doença e seus familiares”.
Para aprovação da nova indicação terapêutica da temozolomida, a FDA baseou-se na eficácia e segurança do produto, comprovada através de um estudo realizado pela EORTC e NCIC em doentes aos quais tinha sido recentemente diagnosticado glioblastoma multiforme.
Este foi o maior estudo internacional neste âmbito, tendo sido conduzido pela EORTC (Organização Europeia para a Pesquisa e Tratamento do Cancro)e pelo NCIC (Instituto Nacional do Cancro do Canadá). Envolveu 573 homens e mulheres com glioblastoma multiforme provenientes de cerca de 80 Hospitais da Europa, Canadá e Austrália.
Os 573 doentes receberam aleatoriamente o tratamento convencional de radioterapia ou radioterapia associada a temozolomida, seguida de temozolomida adjuvante.
Mais do dobro dos doentes (26,5%) que pertenciam ao grupo ao qual foi administrado a temozolomida sobreviveu 2 anos quando comparado com 10,4% dos doentes aos quais foi administrada radioterapia isoladamente, um avanço significativo!
A sobrevida mediana passou de 12,1 meses (em doentes sujeitos à radioterapia) para 14,6 meses quando administrada a temozolomida em conjunto com a radioterapia.
A avaliação prioritária, situação na qual esta nova indicação da temozolomida foi avaliada pela FDA é um mecanismo regulador da FDA que permite a aprovação de determinados medicamentos destinados ao tratamento de doenças graves e que apresentem significativos benefícios para os doentes comparativamente com os tratamentos já utilizados.
Dados Europeus demonstram que o glioblastoma multiforme é diagnosticado todos os anos em cerca de 20.000 doentes – 5 a 7 numa média de 100.000 pessoas. 8.000 a 10.000 novos casos são diagnosticados todos os anos no América do Norte, sendo que numa média de 100.000 pessoas quatro em cinco são diagnosticados com glioblastoma multiforme, sendo na maioria dos casos fatal.
6 de Abril de 2005
Folheto Instrutivo distribuido em Portugal com informações sobre o uso do Temodal
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