...faça como eu, peça ajuda a seus amigos. Eles vão retornar palavras significativas, que farão uma grande diferença para a sua disposição. Eles vão recarregar as suas baterias com a energia que você necessita para continuar a luta sem resignação.
Leia abaixo as respostas que recebi ao post anterior “Eu: perdendo o pique”. Algumas vão ajudar a você também.
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Meu amigo, queria poder ajudá-lo mais efetivamente a carregar seu fardo.
Não esqueça que estarei aqui, a qualquer hora do dia e da noite se precisar, e se for pouco, pode contar com o Paulo, a Thyane, o Fabrício e até a Camila, pois ela na sua ingenuidade de criança às vezes é quem mais ajuda.
NOS DIAS DIFÍCEIS
Quem é que, vivendo sobre a face da terra, pode dizer que jamais passou por um dia difícil?
Desde que estejamos gozando de perfeita lucidez, não poderemos negar que já superamos, não um só, mas muitos dias de dificuldades.
Portanto, nos dias amargos que se apresentam, lembremo-nos dos outros dias assim que já se foram.
Depois de superadas as lutas, que supúnhamos insuperáveis, não sabemos explicar a nós mesmos de que modo vencemos e de que fonte retiramos as forças necessárias para nos sustentar, durante e depois das dificuldades sofridas.
Vimos a doença no ente amado assumir gravidade estranha e, sem que lográssemos penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiram a medicação e a providência ideais que o livraram da morte.
Experimentamos a visita do desânimo, à frente dos obstáculos que se agravaram à nossa frente, mas, sem que nos déssemos conta do amparo recebido, deixamos o desalento das trevas e regressamos à luz da esperança.
Crises do sentimento que pareciam invencíveis, pelo teor de angústia com que nos alcançaram a alma, desapareceram como por encanto sem que conseguíssemos definir a intervenção libertadora que nos restituiu à tranqüilidade.
Sofremos a ausência de seres imensamente queridos, chamados pela desencarnação para tarefas inadiáveis em outras faixas da experiência; no entanto, sem que despendêssemos qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, nutrindo-nos o coração com edificante apoio afetivo.
Tudo isso, entretanto, aconteceu porque persistimos na fé aguardando e confiando, trabalhando e servindo, sem nos entregarmos à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à bondade de Deus para agir em nosso benefício.
Nas dificuldades em andamento, consideremos aquelas já vividas e superadas, e compreenderemos que Deus, cujo infinito amor nos sustentou ontem, nos sustentará também hoje.
Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas obrigações com paciência, já que a paciência é dom de esperar por Deus, cooperando com Deus, sem atrapalhar.
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Um dia, quando você puder vislumbrar, do alto, todos os caminhos percorridos durante a existência, perceberá que a maior parte do percurso estará marcada por dois pares de pegadas: as suas e as do Cristo, que caminha sempre ao seu lado, sustentando-lhe as forças.
E nos dias difíceis, naqueles em que as dores se fizeram mais cruéis, você notará apenas um par de pegadas e se perguntará: será que nos momentos difíceis Jesus me abandonou?
E Ele, o amigo fiel de todas as horas, certamente responderá: não, meu filho, eu jamais o abandonei.
Se é verdade que nos dias mais ásperos da sua existência só há um par de pegadas no caminho, é porque naqueles momentos eu o carreguei nos braços...
Tany (amiga de longa data)
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Caro amigo Miguel,
Agradeço por me considerar como um de seus amigos, pois na altura do campeonato eu também estou com o mesmo sintoma seu. Conheci você através do lado profissional e no dia a dia pudemos nos conhecer e saber como somos como pessoa. A vida nos prega muitas peças, perdi meu pai em 97 e ele era meu confidente dos problemas e situações de todo o dia. Eu sentava com ele e falava dos meus problemas e ele me ouvia e me aconselhava e trago isto pela vida.Traga isto como exemplo pra você. A nossa vida tem começo, meio e fim. É assim pra todos. NÃO DESISTA AGORA. Pode ser o momento que ele mais precisa de você. Não estou em boa situação, tive problema financeiro e parece que tudo desabou em mim. Meus amigos sumiram todos, fiquei sozinho da noite pro dia, mais estou me erguendo, com a força da minha família que realmente sempre estarão do nosso lado. Estou tentando a vida numa empresa aqui em São Paulo, muito difícil porem, de momento é o que me traz o sustento. Gostaria de em outra oportunidade que você trocasse uma idéia comigo a respeito de um pensamento que estou de terceirização de supervisão de vendas, mais isto é outro assunto. Amigo só para completar, tal foi meu problema que fiquei de cama durante quase um mês por depressão, me sentindo uma pessoa totalmente incapacitada para a vida, fiz 09 sessões de psiquiatria, o que me ajudou muito.Por isso não desista nunca, a vida sempre será de desafios. Conte comigo cara, sempre que precisar. Considero-te por tudo que me fez. Meu celular é xx xxxx.xxxx. Espero que este testemunho possa te ajudar. Abraço
Marco A. de L. C. (meu amigo de longa data)
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Miguel
Nossa Miguel, não conhecia esse seu blog.
Estou realmente tocado, pelo texto deste seu e-mail, redigido por um filho amoroso.
É uma das coisas mais emocionantes que li recentemente.
Tenha certeza que é uma força que ajuda muito o seu pai a lutar contra essa doença, saber que tem um filho que o ama assim e que faz de tudo por sua recuperação.
Não desista amigo. Continue dando esse suporte emocional e espiritual para seu pai.
Que Deus ajude vocês!
S.C. (um amigo jornalista de minha cidade)
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Caro Miguel
Todos nos temos momentos como este que você nos descreve, sendo certo que são muito mais comuns do que imaginamos.
É engraçado como esquecemos nossa condição humana, como queremos, por um motivo ou outro, superar nossa inexorável marcha para o fim, como simplesmente disse Vinicius de Moraes - A gente mal nasce começa a morrer.
Tristezas, desencantos, perda de entes queridos, tudo isso e vida, infelizmente e Vida!
Assombra sua vontade, sua forca, e ao mesmo tempo sua coragem em se dizer cansado, interessa muito perceber o quanto nos sobrepujamos em momentos de dor, que herói surge em nosso âmago, forjando homens simples e ao mesmo tempo tão incomuns como você.
Hoje, lendo seu relato, senti me humano novamente, emocionei me com suas palavras, encheu me de contentamento ter conhecido alguém que ama seu semelhante da forma como você ama seu pai, as inúmeras pessoas que como eu, passaram a visitar seu blog constantemente em busca de conforto, de ajuda, de compreensão e, porque não, de carinho.
Desculpe a falta de jeito, mas EU SEI PERFEITAMENTE O QUANTO VOCE É IMPORTANTE.
Um abraço forte e comovido,
do amigo Orlando (meu parceiro de pesquisas, cuja esposa é portadora de um Astrocitoma de Grau II)
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Caro Miguel,
Hoje, sou eu, a N., mulher do José, que lhe está escrevendo.
Amigo e companheiro de guerra, claro que não posso, de modo algum, concordar consigo quando diz, que a nossa luta provavelmente vai acabar em derrota. Sim, o Golias vai ser derrotado, mas nós nunca…
Não podemos desistir agora, temos que unir as nossas forças e já que estamos todos no mesmo barco, temos de, juntos, se capazes de puxar o barco para terra.
Miguel tal como diz, ao construir o Blog deu esperança de vida a muitas pessoas, a mim, por exemplo. Não nos pode abandonar agora.
Todos nós, vitimas desta terrível doença, sentimos que já não somos o que éramos antes dela ser diagnosticada. Temos menos energia e até menos vontade de fazer tudo aquilo de que gostávamos até então. Sentimos muitas limitações e isso é horrível. Entendo perfeitamente o que sente o seu pai estando limitado em muitas das suas actividades, mas é preciso acreditar que melhores dias virão e o mais importante na nossa vida é estarmos diariamente em contacto com a família, isso certamente superará todas as nossas limitações. Estamos vivos e assim iremos continuar.
Quando esta doença me foi diagnosticada, eu pensei que teria sido melhor morrer?
Aqui em casa vivemos momentos de grande dor, não conseguíamos aceitar esta tragédia. O José e a Vera tiveram de solicitar ajuda psiquiátrica. Mas, neste momento, apesar de tudo, dou graças a Deus por estar viva e presente no seio familiar, independentemente de ser capaz ou não de fazer aquilo que fazia antes.
Miguel quero desde já, pôr a minha casa ao dispor se pensarem vir até Portugal, esta oferta é do coração, contém conosco para tudo o que for preciso. Diga ao seu pai que eu estou com ele nesta árdua luta, mas a minha mensagem é: o importante é a vida e a família.
Por último quero dizer-lhe que admiro imenso o seu trabalho, continue a lutar por todas estas vítimas e a cura chegará mais dia, menos dia... Estou confiante que estamos no caminho certo e Deus irá permitir que assim continuemos pessoalmente, com um grande sorriso.
Um abraço para si e seu pai e conto um dia dar-vos esse abraço.
N. (portadora de Glioblastoma, esposa de José, meu companheiro de pesquisas.)
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Miguel,
Como nossos amigos falaram, sabemos o que você esta sentindo, passei realmente as fases típicas desta doença, após o diagnóstico veio a tromba d'água, depois um sentimento de incapacidade e desespero, e depois a fase do "eu não irei desistir", nesta fase eu comecei a dar "tiro" para todo lado, buscar medicamentos naturais, chás, garrafadas, tudo sem nenhum critério, pois o prognóstico era ruim. Depois de navegar muito na internet encontrei seu BLOG e na hora me confortou muito, pois havia chance de melhora, li todos os posts e a cada novo estudo me sentia com mais força até que resolvi postar algumas perguntas que por você foi prontamente respondidas, dei uma reviravolta no meu modo de pensar, desisti de todos os outros "produtos" e comecei a estudar os que você estava utilizando e que realmente tinha uma base científica, de imediato comecei a usá-lo na minha esposa. Desde então não paro de ler sobre novas pesquisas, e com a ajuda de você do José e do Orlando a minha esperança aumenta a cada dia.
Eu decidi que vou lutar até o fim, mesmo porque não tenho outra alternativa, minha esposa só tem 29 anos e minha filhinha apenas 2,5 e VOCÊ faz parte desta luta, confidencio a todos que VOCÊ foi a chave para meu despertar, eu era um ignorante em termos de medicina/saúde, não tinha a menor idéia do que se tratava os medicamentos e agora posso ajudar minha esposa com o mínimo de conhecimento sobre esta doença.
No momento estou muito disposto às pesquisas, uma única coisa que mudou de um tempo para cá foi meu estado de nervosismo, sinto-me um pouco irritado com tudo.
Miguel, sabemos que a carga é muita e que precisamos continuar com nossa vida normal, porém nossos entes precisam muito de nós e EU, JOSÉ, N. e ORLANDO precisamos de você na nossa luta.
Forte abraço para todos e juntos com certeza sairemos desta, sonho em todos viajar para a Europa conhecer Portugal, José e N. e juntos tomar um vinho do porto e dar risada de tudo o que aconteceu.
Saúde !!!!!
Marcio (meu parceiro de pesquisas, cuja esposa é portadora de um Astrocitoma Anaplásico de Grau III)
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Olá Miguel!
Fico triste em saber que as coisas não andam muito bem com você e principalmente com o seu pai. Não sei como posso te ajudar, mas quero que saiba que estou à disposição para qualquer coisa, nem que seja apenas para um desabafo.
Graças a Deus eu nunca passei por uma situação como esta mas, eu sei muito bem que não deve ser nada fácil. Sei também que por mais que a gente não consiga enxergar, é nessas horas que Deus mais nos ampara e mais nos mostra o quanto somos fortes.
Por isso, humildemente gostaria de te dar um conselho... aproveite todo o tempo que tiver para mostrar ao seu pai o quanto você o ama e quantas coisas belas ele construiu. Se preocupe menos com pesquisas e mais com o relacionamento que vocês tem... e acima de tudo, tenha FÉ... e mantenha a esperança na melhora, porque isso sim nos dá força para continuarmos vivos.
Lembre-se do versículo bíblico:
"Tudo posso Naquele que me fortalece." Filipenses 4:13
Desejo que você tenha muita força para continuar essa batalha... e acima de tudo, que seu pai se recupere rapidamente .
Um grande abraço
Vanessa (minha amiga de longa data)
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Caro Miguel
Por minhas ausências nos trabalhos em família e muitas viagens não tinha conhecimento dos fatos que v/c nos relata, amigo não temos tido oportunidade de nos conhecermos melhor em nosso ágape(s) fraternal e nos poucos momentos que estivemos juntos mais digo ao amigo como também aos seus familiares que em qualquer situação que v/Cs estejam contem comigo e com meus familiares.
Jamais exitem em nos ligar para qualquer eventualidade.
Força muita força, amigo.
Abraço
Robson (um dos meus Irmãos de Fé)
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Querido amigo
Sei que é uma luta injusta... onde no momento, o inimigo possui as armas mais fortes...
O que valeu a pena pra mim??? apesar de ter perdido a batalha, foi poder encostar a cabeça no travesseiro todas as noites e saber que fiz a minha parte... mesmo sabendo que seria em vão...
Sempre quando estou conversando sobre esse assunto com meu pai, e ele me pergunta se fizemos tudo o que pudemos... minha resposta é sempre sim...
sabe... seria muito difícil continuar a vida se eu soubesse que lá do outro lado do mundo tinha a cura para essa maldita doença.. e que eu por ignorância, por não ter querido me desfazer do pouco que tenho para ter podido ajudar minha mãe, carregasse o peso de saber que a deixei partir sem nada fazer...
A luta é exaustiva sim... saber o que nos espera... é pior ainda... porém, se isso te ajudar... procure olhar para o seu lado, e veja quantas pessoas também estão sofrendo por tantas outras coisas iguais, ou piores...
Sempre quando alguém vinha visitar minha mãe, e comentava que fulano morreu lá não sei aonde gritando de dor... que se ouvia à distância... eu agradecia a Deus, pelo silêncio da minha mãe... por ela não ter dor... não precisar de morfina... não precisar sequer de um analgésico...
Sabe amigo, sou fraquíssima... pensa em uma pessoa com pânico, toc, e depressão, que toma medicamentos a anos... e que aprendeu a ser forte, no momento em que necessitei...
muitas vezes a batalha causava um esgotamento enorme... mas sabíamos que havia um guerreiro precisando da gente... e que não podíamos deixá-lo ao relento... lutando sozinho, então eu pensava sempre "na minha fraqueza, sou forte", e recomeçava... ainda que eu chegasse em minha casa, e desabasse de chorar, de me lamentar... mas perante minha mãe eu era uma rocha...
amigo... nem sei o que escrevi direito... rs... talvez quis te passar o que sentia e não consegui...
mas se precisar qualquer coisa... estou aqui...
já faz um tempinho que minha mãe foi embora... e hoje só posso ajudar com palavras e essas sempre estarão à disposição.. beijos
Márcia
(amiga da comunidade sobre Glioblastoma do Orkut)
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Caro amigo
Mesmo neste momento em que vc pede ajuda, vc acaba nos ajudando. As vezes me pego pensando se tudo isso vale a pena, já que é bem provável que já saibamos o final da história. E acabo me culpando por isso.
Lendo seu relato, percebo que somos humanos. Gosto de pensar na passagem de Jesus, e lembro de uma pergunta que Ele fez: "Pai, por que me abandonaste?". Em algum momento (por mais rápido que fosse) Ele também teve medo. Ele também foi tentado.
Acho que nosso erro é pensar que vamos passar por tudo isso sem sofrer. Temos medo da dor. Não só da dor física. Queremos algo para eliminá-la. Somos a geração dos anti-depressivos, do prozac, das drogas, dos vícios, das relações sem grandes envolvimentos... Ninguém quer sentir dor. Mas ela faz parte. O duro é aceitá-la. Mas vamos ter que aprender na raça.
O oncologista da minha mãe me disse algo que me consolou um pouco. Superar uma morte súbita é muito mais difícil. Nós temos a chance de repararmos (ou tentar reparar) erros,desafetos, ou de aproveitarmos esses momentos para estarmos juntos. Afinal, nesse corre-corre da vida moderna, nós nunca temos tempo para curtir aqueles que amamos. Mas agora nós sabemos que esses momentos são ímpares.
Caro Miguel, você pode ter certeza que sua disposição em buscar respostas e soluções, não foi só para você. Sua força e energia acabou contagiando a todos. Tenho certeza que todos que passaram por seu blog ou por seus relatos na comunidade passaram a questionar seus médicos, os tratamentos, a forma de lidar com esse momento.
Você é um iluminado, mas é humano. Você está fazendo o que está ao seu alcance, não se culpe por estar cansado. Deus irá te confortar e dar a serenidade necessária para transpor essa fase. É por isso que oramos. Fé e força sempre.
Fábia (amiga da comunidade sobre Glioblastoma do Orkut)
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Fábia, o onco de minha mãe nos disse exatamente isso, sobre a difícil aceitação da perda de alguém que amamos subitamente.Claro que até agora está difícil demais pra eu aceitar tudo, mas pude cuidar de minha mãe, dar carinho, amor o máximo que me foi possível.Ficava com ela todos os minutos que podia.
Temos essa chance de poder fazer tudo isso, então façamos, mas sem jamais perder a esperança de que possa acontecer a cura.A medicina avança rápido, e tudo é possível.
Miguel, têm dias assim mesmo, de desânimo, desesperança,mas ....passa.
Logo você volta com seu pique a todo vapor.
BEIJOS PRA TODOS........
Luciane (amiga da comunidade sobre Glioblastoma do Orkut)
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Ajuda médica
Miguel,
Realmente, tudo isso é uma grande barra, porque, além do sofrimento diário, nos sentimos na obrigação de encontrar alguma solução médica, alguma novidade que possa ajudar nossos pais. Eu passei por isso logo no começo do diagnóstico da mamãe, quando ficava várias horas por dia pesquisando na internet, entrando em sites de literatura médica e, apesar de ter encontrado coisas importantes, a resposta era uma só: o que os remédios conseguem é melhorar a sobrevida, mas não a cura. E isso me deprimia profundamente.
Daí, como eu já lhe contei antes, o pai de uma amiga minha, que é médico e muito querido, me deu um conselho mais paternal que médico: "deixe a medicina para nós e confie naqueles que estão cuidando da sua mãe. O melhor remédio que existe para o câncer é o amor e, isso sim, só você e sua família podem oferecer."
Foi quando eu mudei meu modo de trabalhar o problema - evidentemente sem deixar de lado o tratamento, cuidando para que ela tenha o melhor acompanhamento médico -, sem trazer para meus ombros mais do que aquilo que me é possível oferecer.
E acho que você precisa se poupar também. E se não conseguir sozinho, procure ajuda médica, peça para tomar algo para levantar seu ânimo, porque se você ficar doente também não vai ajudar em nada....
Beijos
Larissa (amiga da comunidade sobre Glioblastoma do Orkut)
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Especiais e únicos...
É assim que defino você MIGUEL, como também todos que encontrei aqui nessa comunidade!! É simplesmente louvável a humildade que você teve de em se abrir, em pedir ajuda, isso é muito bem...pois tenho certeza que aqui existem pessoas que te prezam demais, de certo estarão te ajudando de alguma forma, cada um da sua maneira!!! Interessante, como cada um de nós temos nossos diferenciais e num montão de coisas somos iguaizinhos, nos igualamos em nossas dúvidas, busca pelo impossível, luta além das nossas forças, medo de perder, cansaço acumulado, desânimo, indignação, revolta e pq não dizer sonho, o sonho de que um dia quem sabe tudo isso possa ser tão diferente de como está sendo pra nós!!! Mas, essa é nossa vida, nossa missão, vamos continuar assim...orgulhosos de estarmos aqui unidos no mesmo barco que com certeza jamais naufragará!!! "Tudo posso naquele que me fortalece!!"
Wilma Fabiola (amiga da comunidade sobre Glioblastoma do Orkut)
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BOA NOITE
Há muito penso em fazer uma visita, no entanto questiono se a ausência do irmão caracteriza sua preferência pela solidão parcial neste momento de dor e sofrimento. O porque deste questionamento não está apenas relacionado a sua ausência, a preferência pela solidão é um comportamento que atribuo como sendo uma das minhas virtudes, se é que posso considerar como tal, mas garanto que não é falta de coragem nem desconforto de estar na presença de amigos, acho que meu egoísmo funciona ao contrário, compartilho os melhores momentos, os piores reservo só para mim. Na primeira oportunidade consultarei o amigo para saber se o que chamo de virtude não seria uma tendência masoquista latente.
Conte comigo,só me diga como posso ajudá-lo, quanto ao " Eu perdendo o pique " não se preocupe, até o criador descansou no sétimo dia, prefiro acreditar que você está recarregando a bateria, e se plugar na tomada está complicado, por favor me chame, eu me comprometo a fornecer parte da minha energia.
ABRAÇOS
ALBERICO (meu irmão gêmeo, de atitude, raciocínio e convicções)